quarta-feira, 12 de março de 2014
SUSTENTABILIDADE A SÉRIO
Existe uma contradição intrínseca em nosso sistema produtivo.
O sistema cria produtos. Cria e vende as necessidades de consumo.
Depois tenta justificar essas necessidades.
Nem todos os produtos vendidos como sustentáveis na realidade o são.
Nem todos os produtos realmente sustentáveis são utilizados adequadamente.
Um dos fatores primordiais na prática projetual arquitetônica reside no conceito e no partido adotados.
Quando se vende "produto sustentável" isso não é levado em conta.
A qualidade do projeto tem que ser coerente com os produtos que utilizam.
Assim, é melhor uma solução criativa para se gastar menos água, por exemplo, do que um produto tem o consumo reduzido de água frente a outros que gastam mais água.
O mesmo é válido para energia.
A construção civil deparou-se com esse binômio - consumo de água e energia - e ainda não apresentou soluções convincentes a respeito.
As empresas que produzem sustentáveis não apresentam suas matrizes de energéticas.
Seus consumos de água, quando muito, são apresentadas as reutilizadas. Mas, os intrínsecos ao processo, os que não retornam ou que se evaporam, não são apresentados.
O que fazer?
É difícil conciliar interesses comerciais e a necessidade real. Mas, não há escapatória.
Se quisermos ludibriar nesse jogo os perdedores seremos todos nós.
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